Lula vai abrir gastos após mandato, diz Dilma
No Senado, ministra negou existência de dossiê com gastos de FHC; acompanhe ao vivo
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira (7) a divulgação dos gastos de ex-presidentes da República passado um período após o fim do mandato.
Clique no vídeo para acompanhar o depoimento de Dilma ao vivo.
"Não vejo nenhum problema de divulgar a partir de um momento dados que antes eram sigilosos. Mas isso não depende de mim. Eu defendo que, com a passagem do tempo, já que não compromete mais, que eles (gastos) sejam divulgados", afirmou a ministra.
Dilma, que depõe na Comissão de Infra-estrutura do Senado, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que no primeiro dia após o término de seu governo vai tornar públicos seus gastos.
A ministra informou ainda que na época da divulgação do suposto dossiê sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a Casa Civil tinha 13 mil informações no banco de dados, o Sistema de Suprimento de Fundos (Suprim). Hoje, segundo ela, são mais de 20 mil.
Convocada oficialmente para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra informou aos senadores que falará sobre todos os assuntos.
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Dossiê
Dilma Rousseff reafirmou que não há dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Questionada por senadores sobre se teria dado duas versões a respeito do episódio, de que primeiro não havia dossiê e depois de que na verdade o crime teria sido o vazamento, a ministra rebateu: "Nós não demos duas versões. Dissemos: 'não há dossiê, há banco de dados', e vou continuar reiterando isso", disse.
Dilma disse ainda esperar que o vazamento das informações seja investigado. "Consideramos que foram vazadas informações e estamos buscando isso na comissão de sindicância, também com a PF. Está em investigação quem vazou posto que não há dossiê, há banco de dados."
A ministra afirmou se considerar “vítima” do vazamento. “Eu me considero a maior vítima desse processo. Acredito que é um processo que não se compadece com a democracia brasileira, e sim com a ditadura.”
Para Dilma, a formação de um banco de dados é “crucial”. “O banco de dados é crucial. Ele vai me permitir que o senhor perguntando (senador), eu responda na hora.”
Uma discussão sobre a ditatura militar marcou o início do depoimento da ministra à comissão. O senador José Agripino Maia (DEM-RN) citou que a ministra mentiu durante a ditadura e disse que teme, por conta da formação do suposto dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique pelo governo, que o Brasil volte ao "regime de exceção".
Ao responder ao senador, a ministra Dilma disse se orgulhar de ter mentido na época da ditadura. "Qualquer comparação entre ditadura e democracia, só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos e fiquei três anos na cadeia e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade a seu torturadores pode colocar a vida de seus pares em risco (...) Eu me orgulho de ter mentido. Mentir na tortura não é facil."
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